terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MOONRISE KINGDOM (2012)






Moonrise Kingdom ou traduzindo “Reino do Nascer da lua”, do diretor Wes Anderson, traz vários temas como: a solidão, a insatisfação onde se vive e o isolamento. Mas o principal: O amor. O amor pueril que existe ainda em algum lugar. O amor que ainda sobrevive. Uma chama entre os adolescentes Sam(Jared Gilman) e Suzy(Kara Hayward) mobiliza uma ilha inteira. Sam, um garoto órfão que pratica escotismo durante um espetáculo de teatro conhece Suzy nos bastidores da apresentação. Começa então um romance por carta e um plano de fuga.
A grande originalidade do filme está em mostrar adultos infelizes sejam solitários ou em seu casamento de conveniência e o tom triste que isso muitas vezes está presente, mas nem todos percebem. O par de adolescentes é uma verdadeira surpresa. Estão em ótima sintonia e proporciona a cada cena momentos de lirismo e harmonia.
       Moonrise lembra muito filmes na mesma linha como “Melody – Quando brota o amor”(1971) “Inocência do primeiro amor”(1986) e “ABC do amor.”(2005). O diretor faz referências a Truffaut quanto aos movimentos e enquadramentos de câmera. O próprio humor lembra os filmes do Woody Allen e a forma como os personagens são apresentados. E claro, busca um tom romântico e lúdico. As cores e algumas cenas  remetem a “Amélie Poulain”, como quando a personagem Lucy abre a carta de Sam e fixa os olhos diretos na câmera.
Wes Anderson usa como “vestimenta” do filme um humor altamente sutil o que o torna quase um drama. E é  neste drama que faz uma crítica usando como metáfora a ilha onde as pessoas estão ilhadas e solitárias, sem rumos e tristes. O mundo contemporâneo traz estas questões que Anderson frisa em cada personagem apontando a insatisfação de como vivem.
Enquanto Sam e Suzy fogem para seu “Reino do Nascer da lua”. Na verdade um “ideal” de paraíso e  tranqüilidade, os habitantes da ilha vão à procura dos adolescentes, incluindo o policial  capitão Sharp (Bruce Willis), o atrapalhado Escoteiro-chefe Ward(Edward Norton),além dos pais de Suzy, que claro não querem o romance.
No final, o amor sobrevive. Apesar de tantas diferenças e desencontros. Seja em cenas engraçadas como a da árvore do escoteiro aprendiz ou da  “areia na boca”, é um filme delicioso de sentir. Quase um conto de fadas.
Não há como não se sentir um adolescente com um gosto de liberdade nas cenas românticas como a da dança na praia ou  do beijo ao som de "Le Temps de L'Amour" de Françoise Hardy. O filme resume a crítica e o desejo de muitos: o de viver realmente tempos que sejam de amor.





TRAILER DO FILME

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