Se você assistiu algum dos filmes que concorrem ao Oscar 2013, dê sua opinião a seguir.

O LADO BOM DA VIDA

ARGO

AS AVENTURAS DE PI

DJANGO LIVRE

AMOR

INDOMÁVEL SONHADORA

A HORA MAIS ESCURA

LINCOLN

O S MISERÁVEIS

ASSISTAM ACIMA UMA AMOSTRA DE FILMES, DE TODOS OS TEMPOS.

SEJAM BEM-VINDOS!

  

O cinema é mesmo uma arte perfeita! Tão perfeita que nela pode-se criar uma infinidade de mundos, realidades e multiplicidades destes universos, refletindo inclusive nossa própria realidade, nossos sonhos, desejos e angústias. Atores e diretores do mundo todo marcam esta arte e se sobressaem com verdadeiras obras primas; e pela qual grande parte das pessoas aprecia de forma diferente com maior ou menor intensidade os momentos grandiosos e sublimes que a arte do cinema no presenteia!

Os     irmãos   Louis     e      Auguste Lumière   (os pais do cinema),  franceses,
fizeram a primeira apresentação pública de um filme/documentário, em 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do boulevard des Capucines, em Paris. O público pode ver pela primeira vez, filmes como La Sortie des ouvriers de l'usine Lumière (A saída dos operários da fábrica Lumière) e L'Arrivée d'un train en gare (Chegada de um trem à estação), breves testemunhos da vida cotidiana.

Eles nem imaginavam a dimensão gigantesca que esta arte iria tomar e se popularizar no mundo inteiro. Um feixe de luz numa sala escura: a imagem e o som unidos numa mesma dimensão despertando os sentidos e os sentimentos das pessoas.

MOONRISE KINGDOM (2012)

Moonrise Kingdom ou traduzindo “Reino do Nascer da lua”, do diretor Wes Anderson, traz vários temas como: a solidão, a insatisfação onde se vive e o isolamento. Mas o principal: O amor. O amor pueril que existe ainda em algum lugar. O amor que ainda sobrevive. Uma chama entre os adolescentes Sam(Jared Gilman) e Suzy(Kara Hayward) mobiliza uma ilha inteira. Sam, um garoto órfão que pratica escotismo durante um espetáculo de teatro conhece Suzy nos bastidores da apresentação. Começa então um romance por carta e um plano de fuga.

A grande originalidade do filme está em mostrar adultos infelizes sejam solitários ou em seu casamento de conveniência e o tom triste que isso muitas vezes está presente, mas nem todos percebem. O par de adolescentes é uma verdadeira surpresa. Estão em ótima sintonia e proporciona a cada cena momentos de lirismo e harmonia.
       Moonrise lembra muito filmes na mesma linha como “Melody – Quando brota o amor”(1971) “Inocência do primeiro amor”(1986) e “ABC do amor.”(2005). O diretor faz referências a Truffaut quanto aos movimentos e enquadramentos de câmera. O próprio humor lembra os filmes do Woody Allen e a forma como os personagens são apresentados. E claro, busca um tom romântico e lúdico. As cores e algumas cenas  remetem a “Amélie Poulain”, como quando a personagem Lucy abre a carta de Sam e fixa os olhos diretos na câmera.

Wes Anderson usa como “vestimenta” do filme um humor altamente sutil o que o torna quase um drama. E é  neste drama que faz uma crítica usando como metáfora a ilha onde as pessoas estão ilhadas e solitárias, sem rumos e tristes. O mundo contemporâneo traz estas questões que Anderson frisa em cada personagem apontando a insatisfação de como vivem.

Enquanto Sam e Suzy fogem para seu “Reino do Nascer da lua”. Na verdade um “ideal” de paraíso e  tranqüilidade, os habitantes da ilha vão à procura dos adolescentes, incluindo o policial  capitão Sharp (Bruce Willis), o atrapalhado Escoteiro-chefe Ward(Edward Norton),além dos pais de Suzy, que claro não querem o romance.

No final, o amor sobrevive. Apesar de tantas diferenças e desencontros. Seja em cenas engraçadas como a da árvore do escoteiro aprendiz ou da  “areia na boca”, é um filme delicioso de sentir. Quase um conto de fadas.

Não há como não se sentir um adolescente com um gosto de liberdade nas cenas românticas como a da dança na praia ou  do beijo ao som de "Le Temps de L'Amour" de Françoise Hardy. O filme resume a crítica e o desejo de muitos: o de viver realmente tempos que sejam de amor.

TRAILER DO FILME

O LADO BOM DA VIDA ( Silver Linings Playbook,2012)

Como é bom respirar cinema de qualidade e encher os olhos com verdadeiras surpresas desta arte em nossas vidas.

O diretor David O. Russel que também fez os magníficos: “Procurando encrenca” (1996), ótima comédia com Ben Stiller e Patrícia Arquette e o filme de guerra ímpar na história do cinema “Três reis” (1999) com George Clooney, faz aqui um filme imperdível!

O roteiro adaptado, do livro: Silver Linings Playbook, de Matthew Quick, pelo próprio diretor (não à toa indicado ao Oscar) faz um enfoque nas relações humanas, em especial nas familiares e amorosas. A história mostra Pat Solitano Jr.(Bradley Cooper), um professor de colegial que sofre de Transtorno Bipolar. Ele permanece um período internado numa instituição mental e sai para morar com os pais: Pat Solitano (Robert De Niro) e Dolores (Jacki Weaver).

Pat, então, para ser recebido pela família novamente e aceito por outras pessoas aposta em se integrar novamente, tentando inclusive recuperar seu antigo emprego. Mesmo ainda estando sobre medicação, observação e crises, ele tenta manter-se em forma, praticando esporte, além de buscar reconquistar sua ex-mulher Nikki. E é num convite de um amigo para jantar que ele é apresentado a Tiffany (Jennifer Lawrence). Se num aspecto temos Pat sofrendo e tentando se recuperar de seu transtorno, do outro há a Tiffany com um quadro de depressão, pós-traumático instaurado pela perda de seu esposo. Os dois então passam a se conhecer por estarem ligados a amigos em comum. Como Pat precisa de uma forma de reconquistar sua ex-mulher, Tiffany propõe ajudar, mas somente se ele for seu parceiro de dança num concurso. Atividade esta sugerida por sua terapeuta. Começa então uma maratona de ensaios e aprendizados aonde ambos com seus conflitos vão se apoiar e também brigar por seus pontos de vista. Neste sentido, entre ganhos e perdas acabam por ficarem próximos. Está aí o grande achado do roteiro.

O diretor também enfoca a relação pai e filho. Robert De Niro, na figura carismática e emocional está ótimo como pai, que é viciado em apostas de jogos de futebol e espera na figura de Pat que este lhe traga sorte para seus jogos. Bradley Cooper, em um de seus melhores papéis, brilha como ator dramático e seu personagem fica dividido entre dar atenção ao pai e ajudar sua amiga Tiffany. Desta situação surgem momentos antológicos, como a cena em que Tiffany invade a casa de Pat cobrando atenção e acaba argumentando com o pai de Pat sobre teorias de sorte e jogos.

Bradley Cooper (de Sem Limites/Se Beber Não Case) e Jennifer Lawrence (de Inverno na Alma/Jogos Vorazes) estão em perfeita sintonia transmitindo sinceridade e espontaneidade em seus papéis. Eles se entregam a história e formam um casal tão carismático que quem assiste torce o tempo todo por eles. É nesta relação que a história dá o tom certo de duas pessoas com dificuldades que se apoiam, se ajudam e mesmo com obstáculos constroem seu o mundo enquanto o tempo passa para que possam tentar encontrar a felicidade.

David O. Russel brilha na direção mais uma vez. Ele acaba fazendo uma espécie de terapia em família e tenta resgatar o valor imprescindível de união em grupo. Além disso, trazendo romance, drama, inteligência e leveza no roteiro, apoiado por uma excelente montagem de Jay Cassidy e Crispin Struthers, além da inspiradora trilha sonora de Danny Elfman junto a ritmos ecléticos, o que enriquece ainda mais a história. Ao final do filme fica uma mensagem edificante: que, apesar de todos os problemas que enfrentamos sempre podemos viver o lado bom da vida; superando obstáculos, tendo apoio das pessoas e encontrando abrigo no amor.

TRAILER DO FILME




PRÊMIOS E INDICAÇÕES:

-Indicado ao Oscar 2013 por: Melhor Filme, Diretor, Ator (Bradley Cooper), Atriz (Jennifer Lawrence), Ator Coadjuvante (Robert De Niro), Atriz Coadjuvante (Jacki Weaver), Roteiro Adaptado e Edição.

-Prêmio de Globo de Ouro 2013 de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Jennifer Lawrence).

- Prêmio SAG Award 2013 de Melhor Atriz (Jennifer Lawrence)

CURIOSIDADES:

- Mark Wahlberg (“O Vencedor”.) estava no projeto, mas abandonou a produção após atrasos no tempo de filmagens do filme.

- Angelina Jolie e Anne Hathaways chegaram a ser cotadas para o papel de Tiffany, mas não aceitaram por problemas na agenda.