quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


AMOR À TODA PROVA(Crazy, Stupid, Love, 2011)

 



Família, relacionamento, humor e amor. Tudo num só filme. A direção em dupla de Glenn Ficarra e John Requa conseguiu estabelecer uma história ao mesmo tempo emocionante e engraçada. Neste sentido drama, comédia e  uma ótima trilha musical “vestem” o filme de forma brilhante e significativa.
O filme que já começa com uma cena de divórcio, num restaurante, expõe muitas situações até chegar num final maravilhoso de tantos encontros e desencontros. Cal Weaver (Steve Carrell) e  Emily (Julianne Moore), estão casados há 25 anos, mas a relação já não é a mesma. Por parte de Cal que não percebe que no casamento não há mais novidades e por Emily que anuncia a separação contando do porque quer o divórcio. A cena em que Cal “salta para fora” desta situação é antológica. A partir daí temos uma série de situações de cada personagem com suas paixões. Cal que sai de casa e passa viver uma vida de solteiro. Conhece uma espécie de “personal lover” Jacob (Ryan Gosling), que lhe ensina a arte da conquista. Neste sentido Cal se torna um profissional da arte da conquista enquanto que Jacob  conhece então Hannah (Emma Stone) por quem se apaixona de verdade. De outro lado temos o filho de Cal, o adolescente Robbie (Jonah Bobo), que é apaixonado por sua babá, Jessica (Analeigh Tipton), que já está apaixonado por Cal. Então se estabelece uma ciranda de paixões, situações mal entendidas e surpresas.
Há cenas antológicas como a cena em que todos brigam no jardim pelos motivos errados na hora errada e no lugar errado: é hilária! Ou ainda no discurso final sincero e emocional de Cal e de seu filho Robbie.
O grande valor do filme se deve a um bom roteiro, aliado a um elenco em perfeita sintonia e direção que equilibra humor e drama de forma honesta e romântica. Faz lembrar muito as comédias familiares dos anos 1990.
Outro ponto do filme, além de buscar o resgate familiar e dos valores que andam tão distorcidos hoje em dia, é mostrar a visão dos homens que buscam,lutam ou outros que apenas desistem de seus lares. Também ilustra a falta de perspectiva sobre a felicidade dos relacionamentos. Ainda em outro aspecto expõe um certo moralismo que a sociedade americana e também em certa medida mundial, que ainda se sujeita a este tipo de comportamento.
Claro, que quase sempre numa comédia romântica há sempre algo banal, ou seja, que sempre se repete e se torna algo padrão. Neste caso também há aqui, mas o filme se encarrega de dizer isto sob um ponto de vista crítico. O próprio Cal em uma determinada cena dramática, onde acaba chovendo, diz: “Que clichê”. Como se fosse obrigatório todo filme romântico constar de uma cena igual à de outro filme.
Enfim, casais em crise, em processo de separação ou ainda numa situação de trivialidade no casamento vão também se identificar com o filme que prima por um excelente roteiro e cenas memoráveis. Com certeza um momento raro das comédias românticas no mundo do cinema. Merece ser visto.



 
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